Tuesday, January 18, 2011

Os Ritmos do Mundo

Desde cheguei em Evanston há um mês, queria nada mais que unir meus “dois mundos.” Não era o propósito disso tudo, da minha viagêm e o tempo que passei em Namapa, para unir duas communidades muito longes uma de outra? Para fazer possível que dois povos dos mundos diferentes conhecessem-os? Unir meu mundo em Evanston com uma terra tão longe, portanto, não está vindo fácil. Pessoas daqui não conseguem imaginar como é vida em Moçambique, e pessoas de lá não conseguem visualizar as estradas de Chicago ou o que acontece nelas. Os “dois mundos” parecem muito removados um do outro.

Fiquei três anos em Namapa, e embora que nunca serei macua, pensei dela como minha casa. Percebi, afinal, que não precisava de ser macua para fazer minha casa lá. Somente precisava de ser humana. As pessoas com quêm vivia agirem como minha família e senti conectada da vida onde estava. Vinha de um mundo e fiz parte dum segundo. E a final das contas, os dois mundos eram mais parecidos que diferentes.
Sentía saudades, claro, de estar onde não era estranha; onde muitos parecíam como eu e muitos tinham crescido como eu. Tinha saudades da minha família, minhas amigas, e a vida que tinha començado. E minha família tinha saudades de mim.
Agora que estou em Evanston sinto saudades grandes da minha segunda família em Nampula e Namapa, duma vida que parece mais natural, de conversa fácil com todos, de xima, de batuques, e de dança rítmica. Mais que tudo sinto saudades do meu amor.  
Talvez é isso ter conexões em duas partes do mundo: sempre ter saudades. Eu quero tudo; quero estar em dois sítios a uma vez. Por isso gosto de acreditar numa união suprema. Penso que somos todos conectados pelo mesma força e pelo mesmo ritmo que une o único mundo. Deus deve ser a força de conexão entre tudo e todos. Quanto removados parece um sítio dum outro, ou uma pessoa duma outra, percebo que ficam no mesmo mundo. Conhecimento conquista distância. E por saber isso, em qualquer sítio que estiver, conseguirei escutar aos mesmos ritmos do mundo que escuta meu amor em Moçambique. Serei uma e serei tudo. Terei tudo porque tudo é um.

Thursday, January 6, 2011

De Onde Sou?

De onde sou eu? Parece uma pergunta simplês, mas resisto responder demasiado rapidamente. Posso contar o narativo de todos os sítios que uma vez fiquei, ou posso simplesmente declarar a cidade onde nasci como minha casa, mas nenhuma destas opçoẽs seriam correctas. Na verdade, não foram só os locais em quais frequentava que me fomavam, mas também as pessoas com quêm passei tempo, as aulas que assisti, os livros que li, a música que escutei, e talvez uma força interna (ou externa) especial a mim. Minha origem é nos meus antepassados, mas minha formação era com o grupo de rock Incubus, a autora Karen Hesse, incontáveis filmes, as opinões das amigas na escola primária, e até observações roubadas das pessoas chiques na estrada. Sou de Daniel e Jenny e “Goodnight moon,” de montanhas, árvores e ondas, de Cherrios e maças, de música e poesía, de Rob, Beth, Becky, Jessica, Tina, Katie, Kimmy, Scarlett, Emily, e Miller. Todávia, a resposta que parece-me mais certa é que sou do mundo. Sou do universo. E o mundo é minha casa.
Do que, então, refere “em casa?” Refere-se de onde vimos, de onde estamos, ou de onde vamos? Vivendo num país longe do meu próprio, perguntei-me muito das várias significados de casa. A princípio, tudo em Moçambique, simplês ou complexo, me parecia estranho e difícil, mas com amizades e psuedo-famílias e uma função na comunidade (um emprego), chegei de considerar Namapa e Nampula como casa. Nunca serei uma moçambicana, mas finalmente percebi que não é preciso ser moçambicana para ser em casa. No seu canção “You’re My Home,” Billy Joel canta que sua casa não é composto de nenhum lugar, mas do seu amor. É bonito, não é? Quando digo que vou a casa, quero dizer que vou a Miller. Qualquer sítio onde está meu amor é minha casa.